quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

VOCÊ SABIA??


RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com


Fernando Pessoa tinha o hábito de fazer consultas astrológicas para si mesmo. E ele as levava a sério: certa vez, a escritora Cecília Meireles marcou um encontro com Pessoa em Lisboa. Esperou duas horas pelo homem e ele não apareceu. Ao retornar a seu hotel, deparou-se com um exemplar de "Mensagem" e um recado misterioso do poeta, dizendo não ter ido ao lugar combinado depois de ter consultado os astros e recebido a resposta de que essa poderia não ser uma boa idéia. Segundo seu horóscopo, "não era para os dois se encontrarem". Era 1934. No ano seguinte, Pessoa morreu e os dois nunca se encontraram.

Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

SERGIPE - NOSSAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com

FOLGUEDOS DE LARANJEIRAS - Folguedos folclóricos podem ser vistos como rituais que expressam de forma simplificada e simbólica, a organização e os modos de ser da sociedade. Como a linguajem das cores, das formas, dos gestos dos materiais empregados na caracterização dos personagens através das falas e dos enredos, no caso da dramatização, muitas coisas são reveladas sobre a sociedade que realiza os rituais.
Eles vinculam imagens e valores que, de tanto serem repetidos, aparecem como verdades que devem ser aceitas e comportamentos que devem ser seguidos. Desse modo, os rituais desempenham também uma função pedagógica, mesmo quando se reportam ao passado, como por exemplo, ao tempo do cativeiro, transmitem mensagens que se aplicam ao presente. Laranjeiras é uma cidade rica em manifestações de folguedos folclóricos. Vejamos alguns exemplos: REISADODança de origem portuguesa. O canto pode ser religioso ou humorístico. Apresentado sempre no dia de Reis, recebendo daí o seu nome.

O Reisado se compõe de dois cordões: Encarnado (vermelho) e azul formado de pastoras. Seus vestidos determinam o nome do cordão. Há disputa constante em toda apresentação, de um cordão e outro. Todos os personagens são femininos, com exceção do “Caboclo” ou “Mateus”, que se veste de palhaço.

Em Laranjeiras existem o Reisado de D. Lalinha, o Reisado do Balde, o Reisado dos Idosos e o Reisado Mirim. SAMBA DE PARELHAO Grupo Folclórico Samba de Parelha do povoado Mussuca, é formado por 21 (vinte e uma) pessoas; sendo 17 (dezessete) mulheres e 4 (quatro) homens, que resolveram mostrar ao público a maneira de divertimento de seus antepassados.
Atualmente só as mulheres participam da dança, não sendo originalmente sua característica. Essa dança surgiu das brincadeiras de roda. Dona Nadir é a atual cantora do grupo e toca ganzá.
DANÇA DE SÃO GONÇALO Segundo a tradição, São Gonçalo era um religioso alegre e brincalhão, tocava alaúde, viola, e, cantava para as prostitutas dançarem até se cansarem e recolherem-se, evitando com isso que fossem pecar com os homens.

Assim, São Gonçalo teria conseguido salvar nove delas da prostituição. Os grupos em sua maioria são formados somente por homens em fila dupla, vestidos com trajes femininos. Seus membros usam vestidos brancos ou estampados com calças por baixo, além de colares, brincos, pulseiras, lenços amarrados na cabeça e fitas coloridas.

A dança realiza-se, geralmente, na Festa de Santos Reis e São Benedito, no dia 6 de Janeiro.Em Laranjeiras, São Gonçalo encontra-se no povoado Mussuca sob o comando do Mestre José Sales do Santos.

CHEGANÇA ALMIRANTE TAMANDARÉA Chegança é um ato popular de origem européia ligado ao ciclo natalino, que desenvolve temas relacionados à vida do mar e as lutas entre os Mouros e Cristãos.

Em Laranjeiras, a Chegança preserva as suas características mais tradicionais. A versão de seus participantes é que a Chegança surgiu a partir de uma promessa feita outrora, por um tripulante de uma embarcação que durante uma viagem, enfrentou forte tempestade e recorreu à Virgem do Rosário e foram salvos.

Destacam-se alguns membros que usavam suas indumentárias com galhardia, são eles: Oscar Ribeiro dos Santos e Ambrosino Ramos do Nascimento (Seu Raminho).TAIEIRADentro do esquema do “Circulo do Rei do Congo” estão todas as danças dramáticas, as cerimônias de caráter religioso ou ainda as mais simples canções de origem africana.

A Taieira é ligada a este ciclo e em Sergipe, é apresentada unicamente na cidade de Laranjeiras.
A Taieira é dançada apenas por mulheres. Usavam saias brancas rodadas e camisas brancas de rendas, numa imitação das baianas. Hoje o traje usado não é mais imitação das baianas. As mulatas se vestem de saias de laquê bem rodadas, blusas brancas com enfeites de renda. Trazem na cabeça diademas com fitas ou papel crepom, que caem em várias cores até a altura dos joelhos.

O grupo criado por Dona Umbelina de Araújo (Dona Bilina) em Laranjeiras, continua após sua morte e festeja também o dia de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário.

LAMBE-SUJO - Dois grupos folclóricos (caboclinhos e lambe-sujos) intimamente ligados por suas manifestações guerreiras e rítmicas.
Baseiam-se em episódios da destruição dos quilombos feita pelos capitães-do-mato, muitos deles de sangue indígena. Seria um ato de sobrevivência histórica dos negros e a sua rivalidade com os índios no Brasil.
A dança propriamente dita, é formada em círculos, uma imitação do combate indígena, com todos os negros cantando e dançado, tendo no centro Rei e a Rainha. No decorrer da dança, chegam os caboclinhos que tenta prender os lambe – sujos, os caboclinhos iniciam o combate e saem vencedores.
Uma vez derrotados, os lambe – sujos seguem pelas ruas da cidade aprisionados pelos caboclinhos, pedindo de casa em casa dinheiro para o pagamento pela sua liberdade.

CACUMBI - O Cacumbi é de influencia africana. Pertence ao chamado “Circulo do Rei do Congo” e já seria conhecido no Brasil, lá pelo ano de 1760 quando com o nome de “quicumbi” foi apresentado no Paço do Conselho em Salvador, para alegria de Dona Maria I e Dom Pedro III de Portugal.
É dançado somente por homens. Os trajes são simples: Calça Branca e camisa vistosa de laquê vermelho, azulão ou verde. Usam espadas ou chapéus enfeitados de espelhos.
A temática da dança é uma luta entre dois Reis.Um negro e outro indígena.

RESUMO DA HISTÓRIA DE SERGIPE

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com


O nome Sergipe origina-se do tupi si´ri ü pe, que significa “rio dos siris”. Mais tarde foi adotado Cirizipe ou Cerigipe, que significa "ferrão de siri”, nome de um dos cinco caciques que se opuseram ao domínio português.As origens do Estado de Sergipe datam de 1534, quando a divisão do Brasil em capitanias hereditárias integrou o território sergipano à Capitania da Baía de Todos os Santos. Desta época, até conseguir sua autonomia, a região passou por invasões de piratas, expulsão de índios, domínio de holandeses, retomada do governo português, até chegar à província independente.
A ausência de portugueses nas terras sergipanas incentivou a invasão de piratas franceses que contrabandeavam pau-brasil. A necessidade de colonização era urgente. Além de bloquear a ação de intrusos, a conquista das terras facilitaria a comunicação com a importante região de Pernambuco.
A primeira tentativa de colonização aconteceu em 1575, com os jesuítas, que encontraram forte resistência dos índios. A conquista definitiva aconteceu em 1590, após violentos combates pela posse da terra, resultando no domínio dos índios por parte das tropas portuguesas comandadas por Cristóvão de Barros.Por ordem da Coroa portuguesa Cristóvão de Barros fundou o Arraial de São Cristóvão, sede da capitania, à qual deu o nome de Sergipe Del Rey.
Com o crescente povoamento de Sergipe, inicia-se a criação de gado e o plantio de cana-de-açúcar. O gado serviu de base para a economia, mas foi superado pela cana-de-açúcar, cultivada principalmente no Vale do Cotinguiba. O cultivo da cana trouxe os primeiros escravos da África para trabalhar na lavoura.A presença dos holandeses no Brasil, em 1637, deixou marcas em Sergipe. Ao contrário da invasão a Pernambuco, que resultou em conseqüências positivas, em Sergipe foi só destruição. Em São Cristóvão, ocupam e incendeiam a cidade, destruindo lavouras, roubando gado, desestruturando toda a vida social e econômica da área. Somente em 1645 as terras são retomadas pelos portugueses e é reiniciado o processo de povoamento e recuperação da economia.
Em 1696 foi criada a comarca de Sergipe, separada da Capitania da Bahia. Em seguida, surgem as vilas de Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São Francisco e Santo Amaro das Brotas. A autonomia durou pouco, e em 1763 Sergipe foi novamente anexado à Capitania da Bahia. Mas a consciência da capacidade econômica de Sergipe, que era responsável por um terço da produção açucareira baiana, e as constantes intervenções na vida sergipana provocaram vários protestos contra a dependência. Foi então que, em 8 de julho de 1820, Sergipe volta a ser autônomo, elevado por Dom João VI à categoria de Província do Império do Brasil.A prosperidade com a produção e exportação de açúcar leva à transferência, em 1855, da capital São Cristóvão para o povoado de Santo Antônio de Aracaju.
A nova capital é uma das primeiras cidades planejadas do Brasil, com seu traçado geométrico de ruas direcionadas às margens do rio Sergipe. O império declinava e forma-se na cidade de Laranjeiras o Partido Republicano, que em 1889 consegue eleger seus primeiros representantes para o Congresso Federal. Em 1892 é promulgada a primeira Constituição do Estado de Sergipe.

Fonte: http://www.sergipe.se.gov.br/

domingo, 21 de outubro de 2007

ESCRITORES SERGIPANOS - TOBIAS BARRETO

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com

Tobias Barreto de Menezes, poeta, jurista e filósofo, nasceu a 07 de junho de 1839 em Campos do Rio Real, atual Tobias Barreto, em Sergipe e faleceu a 26 de junho de 1889, no Recife, Pernambuco, onde se tornara o chefe da Escola do Recife, na Faculdade de Direito daquela cidade.De 1871 a 1881, o fundador do condoreirismo brasileiro e chefe da Escola do Recife, mais importante movimento intelectual da segunda metade do século XIX, passou em Escada, Pernambuco, onde possuía uma tipografia com a qual editava periódicos, como o que redigia em alemão, DEUSTCHER KAMPFER (O Lutador Alemão).

Foi nesse período da vida do sergipano em que ele se aproximou da filosofia, cultura e língua alemãs, tendo sido autodidata nesse idioma, como na maioria dos outros oito que falava. De Escada, Tobias só saiu para o Recife após ter tido sua casa cercada pelos capangas dos herdeiros de seu sogro ameaçando-o de morte por ter o poeta alforriado todos os escravos que pertenciam ao morto e que correspondiam à sua parcela da herança, como representante de sua esposa.

Em 1882, o "mestiço de Sergipe", como ele mesmo se declarava prestou o concurso para professor da Faculdade de Direito do Recife. Classificou-se em primeiro lugar e adentrou à Academia por pressão dos alunos, que apaixonados pela retórica do "mulato desgracioso"- assim descreveria Graça Aranha, que foi aluno de Tobias e estava dentre esses alunos - em seu livro MEU PRÓPRIO ROMANCE , forçaram a congregação a admiti-lo, haja vista que esta punha obstáculos à contratação de Tobias, pelo fato de ele ser negro.

Na Faculdade, Tobias foi o mais popular e polêmico dos mestres. Seu modus magistrandi* tornaram-no o mais amado mestre dentre os alunos, bem como seu espírito dado a polêmicas e discussões e sua cor o mais questionado e discriminado dentre aqueles que já tinham ensinado naquela instituição. Dos sete anos que lhe restavam após a sua admissão na faculdade, ministrou aulas mais efetivamente nos primeiros cinco anos, nos dois últimos a doença já o impedia de comparecer com freqüência às aulas.

Em 26 de junho de 1889, morreu Tobias deixando seu nome marcado na filosofia e romantismo brasileiros. Como diria Graça Aranha no mesmo livro já citado: VOLTAR A TOBIAS É PROGREDIR.

*MODUS MAGISTRANDI:MODO DE ENSINOOBRA POÉTICA: Dias e Noites. DEMAIS OBRAS: Estudos Alemães; Monografias em Alemão; Crítica Literária; Crítica da Religião; entre outras.


SERGIPE PRECISA DE UMA MAIOR REPRESENTATIVIDADE CULTURAL

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com



É muito pequena a participação de Sergipe no cenário dos concursos literários realizados no país. Cheguei a essa conclusão após descobrir a existência de tais oportunidades. Comecei a participar desse eventos que me renderam publicações em três antologias poéticas em estados distintos: Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.


Apesar se não ser uma exímia escritora, acreditei em tais oportunidades e percebi nelas o potencial de divulgação de talentos engavetados graças às dificuldades de reconhecimento e publicação nessa área.


Foram raras as vezes que notei a participação de sergipanos em tais eventos, seja como inscritos ou como selecionados. Algo que me chamou atenção e suscitou a idéia de fazer essa divulgação no nosso estado.


Incentivar e apoiar os autores é o melhor caminho para que o nível cultural do nosso estado possa se somar ao das outras regiões, gerando entre elas não a competitividade, mas a permuta de valores, informações e cultura.


O nosso estado é, sem dúvida, berço de talentos que se foram, que estão por vir e outros "prontos" para serem lapidados.


A UNIT, instituição na qual me graduei, em reconhecimento à minha participação nessas antologias publicou uma matéria que me deixou muito realizada. Confira:UNIT

NÃO DESPERDICE SEU TALENTO, PARTICIPE DE CONCURSOS LITERÁRIOS

RENATA MARIA: Pedagoga e Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional. renatamaria.literatura@gmail.com


É crescente o número de concursos literários realizados no país. A Participação nessses eventos possibilita aos inscritos a oportunidade de sairem do anonimato. Alguns concursos possuem premiação em dinheiro, outros publicam antologias e há também aqueles que contemplam os vencedores com a entrega de troféus e certificados.

Para participar, basta adequar-se às regras estabelecidas em cada edital, o que não é difícil. A maioria dessas regras são comuns a todos os concursos. Podemos citar, por exemplo, o pseudônimo, sempre exigido para que a identificação do autor não interfira na seleção.

Instituições de ensino, prefeituras, secretarias, associações e etc, organizam esses concursos com o o intuito de alavancarem o crescimento cultural da sua cidade, estado ou país.

Para que esses acontecimentos continuem existindo, é necessária a divulgação e participação, por isso, se você gosta de escrever não deixe de participar. Vamos retirar os trabalhos da gaveta e movimentar os acontecimentos culturais do nosso país.
Acesse a página AUTORES&LEITORES e confira as oportunidades mais recentes em todo o país e em países do mundo que aceitam textos em língua portuguesa.
SUCESSO!!

Renata Maria